Portugal é o país da União Europeia com o maior consumo anual por pessoa de pescado, e o terceiro do mundo. |
Será que "o peixe não puxa carroça"?
O peixe é rico em proteínas de alto valor biológico, sendo uma ótima fonte de aminoácidos essenciais. A grande maioria das suas proteínas têm uma melhor digestibilidade que as da carne, pois são maioritariamente absorvidas pelo sistema gastrointestinal. No fundo, isto traduz-se pelo que muitos afirmam: “o peixe não puxa carroça”. No entanto, não deixa de ser tão importante, ou mais, que a carne.
Um dos nutrientes com maior importância no peixe é o ómega-3. Este é um tipo de gordura polinsaturada que é importante para:
Peixe - um alimento de muito valor
Os peixes são fontes de vitaminas (A, B12 e D) e de minerais (potássio, fósforo, iodo e selénio). Também podem ser fontes de cálcio, principalmente quando são ingeridas espinhas (no caso de peixes pequenos e em conserva). Os peixes podem ser classificados em quatro categorias consoante o seu teor de gordura:
Dentro dos peixes gordos, o atum é o que tem menor valor de gordura total e maior quantidade de proteínas. O seu conteúdo proteico é ligeiramente superior ao dos peixes magros (carapau, peixe-espada-preto, pescada-branca).
O atum, a cavala e a sardinha são ricos em vitaminas (A e D), sendo o carapau o peixe magro com maior teor de vitamina D.
O carapau é o peixe magro com maior teor de vitamina B12 e, no caso dos peixes gordos, a cavala e a sardinha.
A sardinha, o carapau, a cavala e a pescada são os que contêm maior teor de cálcio.
Conselhos especiais
A American Heart Association recomenda a ingestão de peixe gordo, 2 a 3 vezes por semana, devido ao efeito protetor de doenças cardiovasculares.
A Roda dos Alimentos recomenda a ingestão de 1,5 a 4,5 porções diárias de peixe, sendo que, uma porção corresponde a 25g de pescado cozinhado ou 30g de pescado cru.
Sugestão de receitas
Existem imensas espécies e inúmeras maneiras de confecionar os peixes, com tantos benefícios que podemos adquirir com eles, porque não investir mais em consumi-los? Vamos a isso, não queremos a desculpa de que o peixe não entra mais vezes nas refeições porque os miúdos não gostam. Experimente estas receitas e vai ver que os conquista:
Referências bibliográficas:
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